O gerativismo é uma corrente teórica que surgiu em 1959 como um movimento em oposição aos pressupostos do behaviorismo radical e, por assim dizer, em oposição a qualquer pressuposto de aquisição de linguagem não-inatista. A teoria foi fundada por Noam Chomsky com a publicação da resenha “A Review of B. F. Skinner’s Verbal Behavior” (Uma revisão de ‘O comportamento Verbal’ de B. F. Skinner), na qual o autor fazia fortes críticas aos pressupostos estabelecidos por Skinner em seu arcabouço teórico.
As principais colocações de Chomsky nesse trabalho eram: existe uma predisposição inata para a linguagem; existe algum aparato mental ou cerebral* voltado especificamente para a linguagem; os indivíduos não nascem como uma página em branco; o homem cria e re-cria a linguagem a todo instante (criatividade), isto é, existe uma geratividade** verbal intrínseca ao comportamento linguístico.
Tais pressupostos culminaram na postulação (hipotética) da Gramática Universal (GU), um módulo mental/ cerebral* voltado exclusivamente para sintaxe; grosso modo diz-se sintaxe, mas alguns autores já defendem outros aspectos, como fonologia, morfologia e até pragmática (essa discordância se deve ao fato de que ser gerativista não significa ser chomskyano). Tal GU (salvo em casos de anormalidade) está garantida a todos os falantes e compõe, assim, o sistema de competência linguística do indivíduo.