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Arquivo da tag: behaviorismo radical

Compreendendo os pressupostos do Gerativismo – Parte I

O gerativismo é uma corrente teórica que surgiu em 1959 como um movimento em oposição aos pressupostos do behaviorismo radical e, por assim dizer, em oposição a qualquer pressuposto de aquisição de linguagem não-inatista. A teoria foi fundada por Noam Chomsky com a publicação da resenha “A Review of B. F. Skinner’s Verbal Behavior” (Uma revisão de ‘O comportamento Verbal’ de B. F. Skinner), na qual o autor fazia fortes críticas aos pressupostos estabelecidos por Skinner em seu arcabouço teórico.

As principais colocações de Chomsky nesse trabalho eram: existe uma predisposição inata para a linguagem; existe algum aparato mental ou cerebral* voltado especificamente para a linguagem; os indivíduos não nascem como uma página em branco; o homem cria e re-cria a linguagem a todo instante (criatividade), isto é, existe uma geratividade** verbal intrínseca ao comportamento linguístico.

Tais pressupostos culminaram na postulação (hipotética) da Gramática Universal (GU), um módulo mental/ cerebral* voltado exclusivamente para sintaxe; grosso modo diz-se sintaxe, mas alguns autores já defendem outros aspectos, como fonologia, morfologia e até pragmática (essa discordância se deve ao fato de que ser gerativista não significa ser chomskyano). Tal GU (salvo em casos de anormalidade) está garantida a todos os falantes e compõe, assim, o sistema de competência linguística do indivíduo.

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Publicado por em 22 de dezembro de 2011 em Aquisição de Linguagem, Gerativismo

 

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Vídeo interessante! Exemplo de Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem

Olá Pessoal,

como tema de hoje foi Behaviorismo Radical (leia o artigo sobre), decidi postar este vídeo, trabalho de duas alunas de fonoaudiologia, Kézia Oliveira e Patrícia Ferreira, da UNEB, que dá um bom panorama geral de reflexão sobre a aquisição de linguagem na perspectiva behaviorista.

No vídeo, Baby, personagem da Família Dinossauro, aprende a falar “papai” utilizando o operante verbal descrito por Skinner como “ecóico”, isto é, a repetição. Percebam que ele utiliza o “ecóico”, emite o enunciado e, dada a felicidade do pai, tem seu comportamento reforçado e, provavelmente, em situações em que desejar obter aquele tipo de resultado o reutilizará. A aquisição ocorre sob uma série de variáveis, essa é apenas uma delas. Não é linear e simples dessa forma, entendam o exemplo de forma didática.

Boa reflexão.

 
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Publicado por em 21 de dezembro de 2011 em Vídeos

 

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Behaviorismo Radical e Criatividade?

Skinner - Pai do Behaviorismo Radical

Uma grande impostura intelectual utilizada para falsear o Behaviorismo Radical (doravante, Behaviorismo) no âmbito dos estudos de aquisição de linguagem é a questão da criatividade. Dizem que o Behaviorismo é o paradigma do S-R (estímulo e resposta) e que o falante é um sujeito passivo diante ao mundo. Essas afirmações vêm creditadas, principalmente, ao livro “O Comportamento Verbal”, de Skinner (1957), ou seja, advogam que Skinner postulava o homem na perspectiva apresentada anteriormente.

Acontece que na primeira página do livro “O comportamento Verbal” Skinner faz a seguinte afirmação:

Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez são modificados pelas [sic] conseqüências de sua ação. Alguns processos que o organismo humano compartilha com outras espécies alteram o comportamento para que ele obtenha um intercâmbio mais útil e mais seguro em determinado meio ambiente. Uma vez estabelecido um comportamento apropriado, suas [sic] conseqüências agem através de processo semelhantes para permanecerem ativas. Se, por acaso, o meio se modifica, formas antigas de comportamento desaparecem, enquanto novas [sic] conseqüências produzem novas formas. (SKINNER, 1978: 15)*

Pensemos, se logo no início do livro o autor defende que o homem também modifica o meio e que é por ele modificado, dificilmente, ele se contradiria tanto ao ponto de falsear seu próprio pressuposto inícial. Assim, desmistificamos o fato de o Behaviorismo Radical não explicar a questão da criatividade comportamental do indivíduo. Skinner concebia o homem pelo tripé da ontogênia-filogenia-cultura, isto é, o homem é um “resultado” de sua história individual, da história de sua espécie (a genética) e da cultura na qual está inserido; e, o mais importante, é sempre frizar que tais contigências determinantes da condição de ser do homem estão em constante transformação.

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Publicado por em 21 de dezembro de 2011 em Aquisição de Linguagem, Behaviorismo

 

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Compreender o Behaviorismo – Comportamento, cultura e evolução

O Behaviorismo Radical é uma filosofia/ ciência altamente mal compreendida até mesmo pelos grandes estudiosos da área. A teoria ainda é um fértil campo para futuras pesquisas nos estudos de aquisição. Portanto, para aqueles que têm interesse em estudar melhor esse compêndio tão complicado, segue a dica do Livro “Compreender o Behaviorismo – Comportamento, Cultura e Evolução” de William M. Baum, que de forma extraordinariamente didática nos introduz ao Behaviorismo Radical.

Vale a pena comprar e tê-lo em casa para destrinchá-lo cuidadosamente.

 
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Publicado por em 19 de dezembro de 2011 em Indicação de Livros

 

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